http://www.em.com.br/app/noticia/especiais/pedofilia/2012/05/18/not...
Há quatro anos viajando pelo Brasil com a Campanha Todos Contra a Pedofilia, o promotor da Infância e Juventude do Ministério Público de Minas Gerais, Carlos Fortes, comemora o envolvimento crescente da sociedade civil na luta contra o abuso sexual de crianças e adolescentes. “Os índices de notificação desses crimes têm aumentado, o que demonstra claramente que as pessoas estão se conscientizando. Isso é fundamental para que o Estado, sobretudo, no atendimento a essas vítimas”, avalia.
O projeto, idealizado pelo promotor após a sua participação na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pedofilia, em 2008, tem três vertentes de atuação: repressão ao criminoso, atenção à vítima e a prevenção. “O que precisamos mesmo é evitar que nossas crianças e adolescentes sejam vítimas desse tipo de abuso. Se conseguirmos isso, não precisaremos punir nem tratar, porque não haverá o crime”, pondera Carlos Fortes.
Embora os casos de abuso sexual infanto-juvenil tenham raízes históricas e culturais, o promotor acredita que é totalmente possível impedir que eles aconteçam. “A melhor e mais eficaz arma de prevenção que nós temos é a informação. O pedófilo é, por natureza, covarde. Então, quando uma pessoa demonstra que está atenta à criança, ela inibe a ação do criminoso. Se os pais e demais familiares e os professores estiverem mais atentos à criança, ela está mais protegida”, garante.
A maioria dos abusos sexuais infanto-juvenis ocorre dentro do ambiente familiar, conforme demonstrado pelas denúncias registradas por meio do Disque Denúncia (Disque 100). Segundo o promotor Carlos Fortes, foi observado ainda que entre a população de baixa renda é que ocorre a maior parte da exploração sexual de crianças e adolescentes, que são obrigadas pela própria família a se prostituírem ou, então, são até mesmo vendidas a aliciadores. "Mas precisamos ressaltar que este tipo de crime acontece em todas as classes, credos e níveis intelectuais: há vários casos de juízes, promotores, deputados, médicos e líderes religiosos que estupravam crianças de forma cotidiana", lembra.
"Volto a ressaltar que somente através do conhecimento e da educação podemos evitar que uma criança seja abusada sexualmente dentro da própria casa ou fora dela. Por isso a mobilização da sociedade é fundamental", insiste o promotor. Buscando atingir este objetivo, a campanha contempla a realização de palestras, seminários, passeatas e a distribuição de material educativo e de divulgação da campanha, como camisas, folders e adesivos. Além disso, são realizados shows artísticos que contam com a participação gratuita de artistas.
Muito famosos aderiram à campanha, como o Padre Fábio de Melo, os cantores Cláudia Leitte, Carlinhos Brow, Cesar Menotti e Fabiano, e o goleiro do Cruzeiro Fábio. Para conhecer mais detalhes do projeto acesse http://todoscontraapedofilia.ning.com/.
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Sempre acreditei nesta afirmação de Carlos Fortes que “a melhor e mais eficaz arma de prevenção que nós temos é a informação. O pedófilo é, por natureza, covarde. Então, quando uma pessoa demonstra que está atenta à criança, ela inibe a ação do criminoso. Se os pais e demais familiares e os professores estiverem mais atentos à criança, ela está mais protegida”. Procuro observar, nos mínimos detalhes, as atitudes da minha filha de 04 anos e de suas companhias (amiguinhos, colegas e funcionários da Escola, familiares e vizinhos) . E vou além: observo o comportamento de outras crianças e dos adultos que as cercam aconselhando , frequentemente, amigos e colegas de trabalho a, também, ficarem atentos. Lamentavelmente, muitos julgam-me "exagerada". Será que é exagero querer proteger seres tão indefesos das mãos de pessoas covardes?
Adicionado por Carlos José e Silva Fortes
Adicionado por Carlos José e Silva Fortes
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