Entrou em óbito em 19/06/2009, a menina Sophie Zanger, 4 anos, vítima de tortura, após cinco dias de internação na Unidade Intensiva do Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro.
A pequena menina, que deu entrada no Hospital em estado grave, foi encaminhada à unidade de terapia intensiva com vários hematomas, encontrando-se em coma porque teria sido vítima de abuso físico, o que chamou a atenção das autoridades.
Sophie Zanger, 4 anos, e o irmão, 12 anos, são austríacos e teriam sido trazidos para o Brasil há dois anos pela mãe, Maristela dos Santos, sem autorização do Pai.
Desde a chegada ao Brasil e até fixarem moradia, Maristela, teria ficado com os filhos, em vários lugares apenas de passagem, quando então, sua irmã, Geovanna dos Santos, passaram a residir em sua casa, na baixada fluminense, de onde a genitora das crianças desapareceu desde março de 2009.
De acordo com os familiares, Maristela, tem problemas psicológicos, e só depois de quatro meses sem dar notícias, ou informar seu paradeiro, compareceu a delegacia prestando assim depoimento aos policiais do 36º DP Santa Cruz, que investigam o caso.
Na polícia, informou que havia sido expulsa da casa da irmã e Geovanna por ter conseguido a guarda de seus filhos, havia lhe proibido inclusive de visitá-los.
O delegado que cuida do caso, disse que Maristela dos Santos, relatou que sua irmã, Geovanna dos Santos, costumava agredir seu filho mais velho de 12 anos.
Lembra ainda o fato de ter se afastado do ex-marido e empresário austríaco, Sasha Zanger, por sofrer agressões físicas por parte dele, e também por temer abusos do pai, ao filho.
“- Maristela contou que ela e o filho chegaram a serem agredidos algumas vezes pelo ex-marido, e que ele também quis abusar sexualmente do menino” disse o delegado.
Em declaração a imprensa, o empresário austríaco Sasha Zanger negou todas as acusações da ex-mulher, dizendo que se trata de uma pessoa com problemas de saúde mental, e que, depois da separação, há dois anos, instalou Maristela e os filhos num apartamento de 100 metros quadrados na Áustria, pagando pensão mensal de 1440 euros.
Demonstrando indignação, Sasha disse ainda:
- “Ela sequestrou meus filhos, não posso entender porque minha ex mulher está falando sobre agressões e abuso sexual.
Isso nunca aconteceu.
Tanto que tenho a guarda exclusiva das crianças.
Ela é doente, é verdade, mas também é culpada pela morte da minha filha”, pontuou.
Na justiça, tramita um processo onde o pai requer a guarda definitiva dos menores.
Ele teria impetrado seis vezes pedido pela guarda das crianças, mas a tia alegava que o mesmo abusava do filho de dozes anos, culminando na demora do parecer do processo.
Agora, o pai informou que pedira ajuda do Ministério da Justiça Brasileira para voltar com o filho e enterrar Sophie Zanger na Áustria.
O cônsul da Áustria, Peter Wass, que esteve no 36ª DP para acompanhar o depoimento do empresário austríaco Sasha Zanger, criticou a demora no processo brasileiro que devolve a guarda das crianças ao pai.
Peter Wass destacou sua surpresa em relação ao fato do pai austríaco, não ter conseguido a guarda dos filhos austríacos, depois que a mãe ficou desaparecida por três meses.
Em coletiva o delegado, Aguinaldo Ribeiro, disse que ira colher minuciosamente todos os detalhes referentes ao caso, a fim de concluir de forma abrangente e completa as investigações.
Não podendo, assim, manifestar-se ainda, pois poderia se tratar de um caso de maus tratos ou/e homicídio.
Logo, dependia do resultado do laudo cadavérico da menina, do boletim do Hospital Adão Pereira Nunes e da efetivação de alguns depoimentos para decidir definitivamente os autos.
Geovanna e sua filha Lílian, 21 anos, eram as principais suspeitas da morte da menina Sophie Zanger.
Conforme a declaração do irmão de Sophie Zanger , Lílian, prima das crianças e filha de Geovanna, teria orientado o menor a dizer que estava dando banho na irmã quando ela caiu e bateu a cabeça.
Em 23/06/2009, Geovanna e Lílian prestaram esclarecimentos à policia, negando todas as acusações.
No entanto, em 25/06/2009, após serem ouvidas pelo delegado que preside o inquérito, o mesmo informou que tanto Geovanna como Lílian, deverão ser indiciadas por torturas e maus tratos praticados contra a austríaca Sophie Zanger.
O laudo cadavérico da menina aponta marcas e manchas provocadas em datas alternadas, como uma cicatriz cirúrgica antiga na cabeça. Sophie Zanger tinha marcas nos ombros pernas, coxas e glúteos, segundo informou o delegado Dr. Aguinaldo Ribeiro o que comprova a agressão e maus tratos por parte das acusadas, Geovanna e Lílian dos Santos.
No depoimento em 26/06/2009 do pediatra e médico legista, Marcelo Godoy, relatou que em decorrência da ausência de neurocirurgião no Hospital Adão Pereira Nunes não pode examinar de forma detalhada as lesões na região da cabeça.
Porém, deixa claro que ficou tão impressionado com as lesões de Sophie Zanger que, enquanto aguardava a transferência da paciente para o Hospital, em Saracuruna, na Baixada Fluminense, tirou algumas fotos.
-“Como ela estava com a cabeça enfaixada, não tive como ver o ferimento.
Ela estava num estado de coma muito delicado.
A tomografia mostrou um sangramento muito grande no lado da cabeça.
Mas o que mais chamava a atenção era a quantidade de equimoses (manchas), típicas de ações contundentes, o que não deixa dúvidas de que essa criança era vítima de maus tratos constantes.
Ela também tinha marcas de cicatrização de escoriações pelos braços que datam de aproximadamente três semanas”, disse Godoy.
O depoimento do médico, foi fundamental para o delegado Aguinaldo Ribeiro, ter convicção de que a pequena Sophie Zanger foi vítima de tortura.
A perícia revelou que a causa da morte foi traumatismo craniano causado por ação contundente.
Por isso, "(…) a polícia entregou à Justiça no dia 01/07/2009 o inquérito sobre a morte da menina.
No documento, a tia e a prima com quem ela morava foram indiciadas por tortura resultante em morte.
As duas podem pegar até 16 anos de prisão.
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22/06/2009 - 16h08
A polícia localizou nesta segunda-feira a mãe da menina de 4 anos que morreu na última sexta (19) com suspeitas de agressão física no hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, na Baixada Fluminense.
Maristela dos Santos, 40, foi levada para a DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), no centro do Rio, depois foi encaminhada para a 36ª DP (Santa Cruz), onde presta depoimento.
A mãe da vítima, que diz sofrer de problemas mentais, aparentou estar lúcida e disposta a colaborar com as investigações, informou o delegado titular da delegacia de Santa Cruz, Aguinaldo Ribeiro da Silva.
Segundo o delegado, o pai da criança, o austríaco Sasha Zanger, 39, também deve ser ouvido novamente nesta segunda.
"O irmão da vítima ainda não chegou, continuamos aguardando a vinda dele.
Enquanto isso ela [Maristela dos santos] está prestando depoimento", disse o delegado.
Zanger culpa a Justiça brasileira pela morte da filha.
Ele diz que a menina e o irmão dela, de 12 anos, foram trazidos da Áustria para o Brasil pela ex-mulher, brasileira, sem sua permissão em janeiro do ano passado.
S
ophie Zanger, 4, morreu na sexta-feira no hospital após ser internada com traumatismo craniano.
Há dez dias, ela havia dado entrada desmaiada num posto médico em Santa Cruz (zona oeste do Rio).
A polícia investiga se houve agressão por parte de familiares brasileiros.
Segundo o advogado do austríaco, Ricardo Zamariola, há suspeitas de que a criança tenha sido espancada e não que tenha levado um tombo como familiares [tia e prima] informaram aos médicos no dia do atendimento no hospital.
"Ela chegou pesando 14 kg no hospital.
Estava totalmente desnutrida e ainda com marcas de agressão no corpo.
Não acredito que ela tenha caído e sofrido traumatismo craniano.
É um caso muito complicado", afirmou o advogado.
Zamariola ainda disse que com a aparição da mãe da vítima, um acordo poderá ser feito para o retorno do filho à Áustria.
"Imagino que o juiz deve decidir o caso hoje ou amanhã.
Deve determinar o retorno da criança com o pai ou a realização de avaliação psicológica de todos os envolvidos no caso, como eu havia pedido antes.
A situação é bem delicada", afirmou o advogado, que pediu que fosse feito exame psicológico até mesmo de seu cliente.
Disputa
Zanger, que chegou na quinta-feira (18) ao Brasil para ver a filha afirma que tenta reaver a guarda das crianças e levá-las para a Áustria desde que a mãe deixou o país.
Maristela Santos foi localizada pelos advogados do austríaco em março de 2008, na casa da irmã que é suspeita de agredir a menina.
Em fevereiro, a tia da vítima conseguiu na Justiça a guarda das crianças.
Com a mãe desaparecida e as suspeitas de que a menina estava sendo agredida pela tia e por uma prima de 21 anos, a Justiça transferiu na semana passada a guarda das crianças para a mãe adotiva de Maristela dos Santos, Anayá Rocha.
Abuso sexual
Segundo a polícia, a mãe adotiva de Maristela dos Santos, Anayá Rocha afirmou que na chegada da filha ao Brasil, a família e os amigos dificultavam o contato das crianças com o austríaco, porque ele foi acusado pela ex-mulher de abusar sexualmente do filho, o que o pai nega.
"Temos que avaliar bem o caso.
O próprio menino acusou ele [Sasha Zanger] de abuso sexual no início das investigações.
Agora a criança diz que foi ela quem agrediu a irmã e não a tia e a prima", disse o advogado do austríaco.
A Folha Online não conseguiu contato com a família acusada de agredir a menina de 4 anos.
A reportagem também não teve acesso ao processo sobre o caso, que corre em segredo de Justiça.
O pai da menina Sophie Zanger, o empresário austríaco Sasha Zanger, decidiu voltar para casa sem levar o corpo da menina após um mês da morte por agressões.
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o pai já tem a guarda do irmão d Sophie.
E AS INDICIADAS IRÃO PAGAR PELO CRIME QDO?
DIZEM Q AS INVESTIGAÇÕES CORREM EM SEGREDO D JUSTIÇA.
EU Ñ ACREDITO POIS UMA NOTÍCIAS DESTAS Ñ TEM Q TER SEGREDO D JUSTIÇA ALGUMA!
Adicionado por Carlos José e Silva Fortes
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