Estava eu assistindo TV agora pouco. Se tratava de um debate na MTV, onde Lobão recebia convidados que discutiam sobre crimes na internet, "liberdade" digital, domínios, privacidade e blabla. Assunto interessante, por sinal. Mas, não só interessante, esse assunto anda sendo cada vez mais tramitado, corriqueiramente difundido pelo jornalismo, o responsável. Não que seja novidade, crimes e casos de pedofilia que nascem na grande rede, não que seja. Mas o fato d'isto tudo, dessa trama toda, estar sendo discutida por toda a massa, é algo realmente muito progressista.
Nesse último fim de semana, o Fantástico exibiu uma reportagem investigativa sobre crimes de pedofilia que têm como nascedoiro a internet. Criaram tipo de armadilha pra abordagem de pessoas que usam essa ferramenta poderosa e eficaz (aliada à falta de um seguro e responsável aninho familiar, sempre me intrigo com isso) para aliciamento de menores, à pratica sexual ilícita, posteriormente, obviamente. Consequentemente. Sensacional reportagem, pena que seja só a ponta da ponta do iceberg...
Sobrepondo, refriso com mais calma o lance da falta de aninho familiar: eu acho, demais, que grande parte dos crimes e quase-crimes envolvendo pedófilos acontece por conta disso, da falta de acompanhamento dos pais na "vida virtual" dos filhos. Creio eu que hoje em dia a ausência dos pais na vida dos filhos tornou o computador pessoal uma espécie de "babá", e até mesmo uma "válvula de escape" pra suprir o distanciamento deles da realidade familiar. Há casos, até, em que os próprios pais vêem na máquina um refúgio, simplesmente "jogando" os filhos no vórtex de informação infinito e inseguro, amarrados por um ineficiente frágil barbante pseudo disciplinar que, se arrebentado ou violado, se desfaria despercebidamente. Ou seja, não dão a mínima pra o que os filhos andam acessando ou visitando, tanto quanto com quem se relacionam, e mantém relações. E esse distanciamento é uma fatalidade, agregado ao fato de que, na adolescência, o menor "se fecha" ainda mais pra o que o cerca. Agravando, ele "se abre" à toda magia do mundo virtual, toda facilidade do "mundo ao alcance das mãos" e aquela coisa toda. É aí que o criminoso, sabendo disto (e munido de um letal poder de persuasão), faz seu caminho.
Essa postagem foi retirada do meu blog pessoal:
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