COMO EVITAR EXPOSIÇÃO INDEVIDA DE CRIANÇAS NA INTERNET

A visibilidade conquistada por anônimos que postam vídeos na internet motiva ainda mais desconhecidos a exibir supostos talentos e a escancarar sua privacidade. Nesse vale tudo para aparecer, nem crianças ficam de fora: às dezenas, elas são exibidas nos vídeos em situações aparentemente inocentes, como tomando banho - nuas, portanto -, dançando ou emulando posições sensuais. O que nem todos os pais parecem saber é que, ao colocar essas imagens na rede, podem estar abrindo mão da segurança dos filhos, segundo alerta a procuradora Priscila Costa Schreiner, coordenadora do grupo de combate aos crimes cibernéticos do Ministério Público Federal (MPF). Confira as dicas para evitar a exposição indevida das crianças.

 

Ao postar tais vídeos na rede, os pais podem inadvertidamente estar alimentando redes de pedofilia, que utilizam sites de relacionamento para troca de fotos e vídeos. "É preciso que os pais se conscientizem que, uma vez na internet, aquela imagem da criança tomando banho nua, vestindo roupas inadequadas para sua idade ou imitando poses sensuais pode ser alvo de pedófilos e correr o mundo", afirma.

 

 

No site de compartilhamento YouTube, uma das redes sociais mais vistas no mundo, é possível assistir a uma infinidade de vídeos de crianças tomando banho, por exemplo. "Isso é um prato cheio para qualquer pedófilo", diz a procuradora.Em maio, uma operação do MPF em conjunto com a Polícia Federal prendeu 10
usuários do Orkut, maior site de relacionamento utilizado por brasileiros. Os detidos usavam o recurso de restrição de acesso a álbuns de fotografia para troca e divulgação de pornografia infantil. A pena para a distribuição do material varia de três a seis anos de prisão, além de multa.


O lugar do PC - Quando os vídeos são produzidos e publicados pelas próprias crianças sem consentimento dos pais, os cuidados devem ser redobrados, sugere a procuradora. "É preciso que os pais prestem atenção ao que a criança acessa e posta na internet", informa.

 

A melhor maneira para evitar isso é mudar o lugar do computador em casa: ao invés do quarto, onde a criança pode acessá-lo longe dos olhos dos pais, o melhor é deixar o equipamento em um escritório ou sala, onde a circulação dos moradores da casa é maior. "Conversar com os filhos para saber que tipo de site eles acessam e perguntar o que eles andam postando nas redes são ações simples que ajudam a prevenir problemas", afirma Schreiner.

 

Cyberbullying - A procuradora também chama a atenção para os vídeos que podem ser utilizados para Intimidar o próprio autor. "Dificilmente um menino de sete anos tem alguma noção de que um vídeo em que ele aparece dançando como uma menina pode ser usado por outros para constrangê-lo na escola ou no
futuro", diz.

 

Segundo dados do MPF, o número de procedimentos abertos para investigar crimes cibernéticos, que incluem cyberbullying e pornografia infantil, aumentou 318% entre 2007 e 2008. "Por isso, é importante pensar bem antes de postar qualquer imagem."

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Comentário de Carlos José e Silva Fortes em 20 outubro 2010 às 9:07
Vídeo com cenas de pedofilia envolve 77 países

Uma rede internacional de pedofilia envolvendo mais de 2.360 pessoas em 77 países, inclusive o Brasil, foi denunciada nesta quarta-feira pelo Ministério do Interior da Áustria. Segundo o minister Guenther Platter declarou à BBC, os suspeitos pagavam para ver imagens dos "piores tipos de abuso sexual de crianças" em vídeos disponíveis em site mantido por uma empresa austríaca.

Segundo as autoridades da Ástria, 23 suspeitos estão sendo interrogados. Destes, 14 confessaram ter feito o download dos vídeos. O mais jovem dos envolvidos tem 17 anos e o mais velho, 69. Há desde estudantes e aposentados até funcionários do governo envolvidos. Nenhuma prisão foi realizada, mas as informações foram compartilhadas com investigadores de outros países, como Estados Unidos, Alemanha e França.

A polícia americana investiga 600 suspeitos no país, enquanto as autoridades alemãs seguem outros 400. Na França, mais de cem suspeitos estão sob investigação, anunciou o governo austríaco. Na América Latina, a lista de países onde há suspeitos, de acordo com a agência de notícias EFE, inclui Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Porto Rico, Espanha, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Venezuela.

A investigação começou em julho, depois que um provedor austríaco notificou a polícia sobre oito vídeos que haviam sido colocados no ar. O material estava acessível por meio de um link em um site russo, que oferecia o vídeo para download. No período de 24 horas, a polícia registrou mais de 8.000 hits para vídeo, vindos de 2.360 endereços de computadores, localizados em 77 países.

Harald Gremel, policial austríaco especializado em crimes na internet, afirma que os vídeos foram feitos na Europa do Leste. "É possível assistir ao estupro de garotas e ouvi-las gritar", conta Gremel. Cada usuário pagou 89 dólares para assistir ao vídeo.

Ana Carmen Foschini

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