À exemplo do suposto SUICÍDIO do serial killer d Goiás, Admar d Jesus; creio q as pessoas envolvidas

na irresponsabilidade do fato d q ele foi solto sem uma prévia análise médica; sustento q muitos outros casos virão se ñ tomarmos uma providência DRÁSTICA c/ estes criminosos, os quais muitos deles em breve estarão soltos e pq ñ dizer.. praticando os mesmos crimes!

Na matéria abaixo, da REVISTA ÉPOCA DE 24 DE MAIO DE 2004 ( 2.0.0.4. ...PASMEM ! ) o neurologista, Ricardo Oliveira, deu a dica d como seguir numa situação parecida!

O MAL EM TODOS NÓS

Revista Época, n 314, 24 de maio 2004.

O potencial de violência de cada pessoa é determinado pela herança genética, que é moldada por fatores socioculturais.

ÉPOCA - A gente nasce violento ou fica violento?

Ricardo de Oliveira - Os dois. Existe uma herança genética complexa para violência e agressividade, cujo porcentual varia de uma pessoa para outra. Essa carga será modelada pelo ambiente. Portanto, não existe oposição entre o que é físico e o que é cultural ou social, mas sim uma interação desses aspectos. O cultural atua por meio do cérebro, que é social.

ÉPOCA - Como assim?

Oliveira - Ele tem estruturas que determinam nossa forma de interagir com os outros. Existem áreas morais no nosso cérebro ligadas a valores, ética, ideologia, julgamento. Isso é uma prerrogativa do ser humano. O que a cultura faz é nos dizer o que é moral, o que é ético; mas a capacidade ( ou falta dela) de processar o julgamento, essa é estrutural.

ÉPOCA - Então, uma pessoa criada em ambiente violento não será necessariamente mais violenta que uma criada de forma mais saudável?

Oliveira - Você pode criar duas pessoas no mesmo ambiente, mas a maneira como elas vão experimentar os sentimentos será diferente, em função da carga genética de cada uma. Essa bagagem determina como filtramos ou modulamos as experiências a que somos expostos. Ela também determina que tipo de coisa vamos buscar no ambiente, o que nos é mais significativo a partir dessa predisposição.

ÉPOCA - Filhos de pais violentos tendem a ser violentos?

Oliveira - Sim. Mas só tendem. A genética oferece um potencial que o ambiente vai modelar. Agora, se o indivíduo tem uma predisposição genética muito alta para a violência, ele pode ser criado por Jesus Cristo que vai acabar fazendo algo hediondo.

ÉPOCA - Esse alto potencial não poderia ficar latente e nunca se manifestar?

Oliveira - Não, isso vai se manifestando desde a infância. O nível de incisividade, de domínio exercido por uma criança sobre outra varia. Esse negócio de que toda criança é boazinha e que depois algumas são destruídas pela sociedade é mito. Existe criança má.

ÉPOCA - E dá para detectar isso desde cedo?

Oliveira - Sim, Alguém sempre percebe quando algo está errado, mesmo que não se saiba o quê.

ÉPOCA - Quais são os sinais mais comuns?

Oliveira - Crianças brigonas, teimosas, muito agitadas, hiperativas e com déficit de atenção têm maior probabilidade de evoluir para diagnósticos que envolvem violência. Claro que nem todo hiperativo é violento ou agressivo, mas é um fator de risco importante.

ÉPOCA - A natureza humana é fazer o bem ou o mal?

Oliveira - Os dois. Somos essencialmente bons e maus, mas o resultado da população é de uma elevada capacidade de cooperação. Temos predisposição altruísta, que também varia de uma pessoa para outra. Caso contrário, não estaríamos aqui agora. Cada pessoa se insere em algum ponto de uma escala que vai do pró-social ao anti-social. A inserção vai depender de como o ambiente molda a carga genética de cada um. Nesse caso, sabe-se que o gene tem grande peso, graças a estudos feitos com gêmeos idênticos que foram separados.

ÉPOCA - O que diferencia uma pessoa que está com raiva de uma que é doente?

Oliveira - Todo o mundo já teve uma explosão de raiva. O que caracteriza a doença é a desproporção entre a resposta e o estímulo e também a freqüência das crises, que devem estar ocorrendo há mais de dois anos.

ÉPOCA - O psicopata tem deficiência estrutural?

Oliveira - Sim. Ele tem danificados circuitos cerebrais ligados às emoções primárias ( medo, raiva etc), que dividimos com os animais, e também às emoções sociais ou morais, que envolvem julgamento, a relação com o outro, e que são exclusivamente humanas. Mas o psicopata tem plena capacidade cognitiva e intelectual. O que o define é o comportamento anti-social crônico e repetitivo, sem remorso ou medo.
Se pudéssemos identificar um criminoso do porte do Elias Maluco aos 14 anos e monitorá-lo, o mundo não seria melhor?

ÉPOCA - O psicopata comunitário tem os mesmos "defeitos de fabricação"?

Oliveira - Nossos resultados preliminares mostram que sim: pouca emoção, muita razão. No entanto, ele não sai por aí matando 15 pessoas. É mais uma erva daninha, um parasita que vai minando estruturas sociais menores, a começar da família.

ÉPOCA - Como ele é e atua?

Oliveira - É mentiroso, interesseiro, golpista, troca de emprego a cada seis meses - se tem um. Fica agressivo quando contrariado. Inicialmente é sedutor. Depois, com a convivência, vai ficando esquisito. Tem um componente narcísico forte: está sempre em primeiro lugar, mesmo que tenha de prejudicar o outro. Assim como o psicopata clássico, o comunitário fala uma coisa e faz outra: o sujeito pode se dizer preocupado com o futuro da humanidade e a guerra no Iraque enquanto dá um golpe no melhor amigo ou leva a mãe à falência.

ÉPOCA - Ele pode virar um serial killer?

Oliveira - A patologia não é evolutiva. O Elias Maluco não foi se tornando mau aos poucos. A maldade apenas foi ficando mais visível com o tempo. O psicopata comunitário dá idéia de ser menos virulento, mas ainda não sabemos se, exposto a determinadas circunstâncias, poderia chegar a matar.

ÉPOCA - Como lidar com eles?

Oliveira - Se alguma coisa funciona, é a asfixia financeira. Deve-se dar uma diária em vez de mesada, porque o futuro financeiro desse cara tem a duração de um dia. Não cobrir o saldo negativo no banco e deixar que fique com o nome sujo na praça.

ÉPOCA - Como esse mapeamento do cérebro moral poderá vir a ser usado?

Oliveira - Em primeiro lugar, para determinar com segurança se um criminoso que está preso é ou não psicopata. Se ele for, talvez não deva ser solto, porque reincidirá. Num futuro mais distante, testes diagnósticos serão instrumentos de prevenção para detectar precocemente os psicopatas, antes que eles causem algum dano.

ÉPOCA - Essa idéia não é perigosa?

Oliveira - Acho que vai ser uma polêmica, e a sociedade terá de discutir o que fazer com esse instrumento. Não dá para responsabilizar o inventor do raio-X pela bomba nuclear.

RICARDO DE OLIVEIRA
Dados pessoais: Carioca, de 48 anos, casado, pai de um filho.
Formação: Graduação em Medicina pela Universidade do Rio de Janeiro, pós em Neurologia e doutorado em Neuropsiquiatria. Estágio na Universidade de Califórnia, em Los Angeles (UCLA).
Carreira: Pesquisador da unidade de Neurologia Comportamental e Cognitiva da rede D"Or Labs, no Rio, e neurologista do Instituto Philippe Pinel.

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