Uma megaoperação reunindo diversos órgãos como Polícia Civil, Guarda Municipal e Conselho Tutelari realizada entre 18 e 19 de novembro teve êxito ao libertar mulheres sexualmente exploradas e impedidas de sair de uma boate - a não ser mediante pagamento - em Várzea Grande. Além das 20 jovens do sexo feminino, quatro homens também foram encontrados em situação degradante e submetidos a jornadas exaustivas, itens que caracterizam o trabalho análogo à escravidão (segundo o art. 149 do Código Penal). A situação, no entanto, parece persistir.
Apesar de ser crime, lucrar com a prostituição se tornou tão comum no "Zero Km" a ponto de ser tolerada pelas autoridades e incentivada pelos clientes que, ao longos dos anos, usufruem da estrutura montada. A quantidade de estabelecimentos em toda cidade é desconhecida. Moradores dos prédios da região convivem diariamente com a movimentação intensa de agências que reúnem garotas.
As jovens não são obrigadas a ficar ali. Mas, para se prostituir, precisam pagar pelo aluguel do quarto ocupado para o sexo ou taxas para cada programa negociado. Acabam sendo presas fáceis.
Os valores, segundo fonte, variam de R$ 20,00 e R$ 50,00. Ou seja, se a mulher mantém relações com 10 clientes por dia, o dono da agência fatura, no mínimo, R$ 200. Segundo a legislação, não é crime se prostituir, mas é criminoso quem facilita e ganha dinheiro com o trabalho das prostitutas. Não é necessário esforço para constatar os crimes. Apenas alguns telefonemas e conversas com prostitutas se consegue obter o perfil desse negócio ilegal.
Um dos ativistas no combate a pedofilia e da exploração sexual em Mato Grosso – especialmente de menores, o vereador Toninho do Glória, pediu ao Legislativo a organização do 2º Fórum contra Exploração Sexual infantil. Além do lançamento do Curso e Capacitação e Multiplicadores de Combate a Exploração Sexual e Pedofilia que tem como objetivo capacitar profissionais da rede de Educação Municipal para combater a exploração sexual.
O Fórum terá objetivo de mobilizar a sociedade e o poder público para construir uma agenda comum de enfrentamento e combate contra os crimes virtuais, exploração e comercialização de menores e a pedofilia em Várzea Grande. O diretor da ONG “Todos contra a Pedofilia”, João Batista de Oliveira, considera que se faz urgente essa mobilização pela defesa e pela garantia de vida das crianças e dos adolescentes, que hoje são vítimas da escravidão do sexo e de todo tipo abuso e violência.
“Cabe também a nós, cidadãos, em nome da ética e da decência, combater acirradamente para o desmantelamento dessa rede de pedofilia, que se alastra. Lembrando que a violência doméstica por parte dos adultos é um perigoso caminho de iniciação da prostituição infantil.Chegou a hora da denúncia!” – promoveu.
Adicionado por Carlos José e Silva Fortes
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