Controle da pornografia na internet pelos provedores não será eficaz
Pais e filhos devem receber orientação das escolas sobre segurança do uso da internet
Reportagem da BBC esta semana mostrou que o governo inglês quer impor uma norma para que provedores de internet bloqueiem conteúdo de pornografia “na fonte”. A proposta de cortar o acesso a material pornográfico foi lançada pelo ministro da Cultura, Ed Vaizey em entrevista ao Sunday Times.
O governo ainda está conversando com provedores para discutir essa proposta. Mas, segundo os especialistas, os desafios técnicos de qualquer sistema de grande escala de filtragem está fadado ao fracasso. Um porta-voz do governo inglês, confirmou uma proposta aos provedores sobre a criação de um regime de verificação de idade para reger o acesso a sites pornográficos. “Este é um assunto muito sério”, disse Vaizey. “Eu acho muito importante que os provedores avancem com soluções para proteger as crianças”.
Em resposta à proposta do governo, Nicholas Lansman, secretário-geral da indústria de provedores ressaltou que é tecnicamente impossível bloquear completamente estes conteúdos. “Acreditamos que os controles sobre o acesso das crianças à Internet deve ser gerida pelos pais e educadores com as ferramentas que os provedores, em vez da imposição ser imposta topo para baixo”.
Ao meu ver, caberiam as escolas no papel de educadoras a iniciativa de abordar e orientar alunos e familiares sobre utilização segura da internet. As escolas ainda não entenderam que dentre o rol dos conteúdos a serem trabalhados com as famílias e alunos encontram-se as questões relacionadas a segurança da informação na era digital.
Importante destacar também que a obrigatoriedade dos provedores em restringir todo e qualquer conteúdo pornográfico na internet poderá levar ao bloqueio de sites de conteúdos legítimos causando prejuízos para provedores, proprietários dos sites e usuários. Deixar para o provedor a missão de fazer o julgamento do que deve ou não ser censurado é uma temeridade e na prática não funciona.
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